História de Amor - VIII

domingo, maio 27


Tem coisas que só descobrimos o porquê quando morremos... Ou, perdemos algo/alguém importante.  Bom, eu perdi Blair. Meu nome é Wolf. Blair era minha namorada havia oito meses, e planejávamos toda uma vida.

Segunda-feira, mês de outubro, eu e Blair acordamos por volta das sete para corrermos juntos como fazíamos todos os dias. Eu devo ter acordado uns cinco minutos mais tarde, já que quando eu estava abrindo os olhos o que vi, foi Blair, na minha frente, em frente ao espelho.
Ela, seu cabelo preto liso, pele branca bronzeada, olhos castanhos claros, um sorriso encantador e sua legging preta... Blair era linda, realmente linda. Não tinha um defeito sequer, apesar de eu ser suspeito para dizer isso, apaixonados que éramos não consigo diferenciar o que era defeito e o que me fazia a amar mais e mais.

Levantei-me e me troquei de forma rápida, e descemos as escadas para tomar café na cozinha. Ela ligou o rádio e eu peguei as laranjas para fazer um suco. Enquanto eu cortava as laranjas e as espremia, Blair preparava duas xícaras com leite e cereal. Como uma orquestra, preparávamos nosso café da manhã. E era assim todos os dias.

Novembro, Blair ficou doente, e eu preparava uma surpresa para ela. Enquanto sua mãe estava com ela em nossa casa, eu ia trabalhar e pesquisa preço de alianças pós-expediente. Tudo parecia ir bem com Blair, que se recuperava a cada dia, e eu encontrei minha aliança numa loja perto do meu serviço. Trabalhar no centro de uma cidade, te garante muitas utilidades por perto.
Preparei tudo para a noite de quinta-feira iríamos jantar num restaurante conceituado da cidade, e eu a pediria em casamento. Blair melhorou até o dia, tudo estava muito, mas muito bem mesmo.

Chegamos ao restaurante, ela devia desconfiar de algo, inteligente que era.  Sentamos em nossa mesa, pedimos algo para comer, enquanto comíamos íamos conversando, ao final do jantar, eu pedi ao garçom que trouxesse o especial. Que na verdade era um grupo de violinistas que contratei para pedi-la em casamento.
Ao que o trio de violinistas se aproximou, levantei-me da cadeira e dei a volta na mesa, puxei-a da cadeira pondo-a em minha frente, ajoelhei-me e tirei a caixinha do anel de meu bolso interno do paletó, o trio começou a tocar e enfim disse me engasgando “Blair, minha linda, você... você a a a aceita casar comigo?”, dito isso, ela desatou a rir. Comecei a suar como um porco no forno. E ela disse entre risos: “Aceito, sim eu aceito”.

Antes que eu pudesse colocar a aliança no dedo de Blair, um grupo de homens encapuzados invadiu o restaurante, havia passado despercebido o fato de o governador estar jantando no mesmo restaurante que nós, Blair e eu somos policiais federais, deveríamos ter prestado atenção, Blair, ao vê-los pôs a mão em sua bolsa e tirou de dentro dela uma Glock 9 mm, ao lado do meu bolso interno do paletó, estava o coldre com minha Glock, minha reação foi tirar minha arma antes que Blair fizesse algo.

Dois disparos foi o que ouvi logo tudo se tornou preto.