Amor

sábado, abril 13

N.A: Este é o centésimo texto que publico neste blog. Quero agradecer a todos que leram e continuam a ler. Gostaria de agradecer também, a Lorena Polli que assina este poema comigo. Obrigado, à todos.


Te procuro
Nas paradas de ônibus,
Atravessando a rua
No retrovisor do carro
Naquele banco de praça...


Te perco
Nas esquinas,
Nas vielas,
Nos atrasos
Nos encalços

Alço voos
Crio lobos
Mando pombos
Apenas para te achar.

Te procuro, te acho
Te perco, te caço.
Te encontro, te abraço
Te busco, te trago.


Sorrisos, amigos
Namorados, amados.
Amores, afagos.

Te procuro, te perco
Te acho, te trago
Amor.


Autores: Matheus Duarte e Lorena Polli.

Violinos

sexta-feira, abril 12

Os violinos tocam.
Os policiais o socam.
A vida anda, a política manda.
A lei é manca e a vida manda.

A vida é bela...
A vida é esbelta
A vida é verde.

Verde é o pássaro
Verde é o alto
Vede o pássaro.
Vede o alto.

Azul é o céu.
Verde é a placa do hotel
Azul é o lençol
Vede o Sol.

Na vida, ide
Na morte, volte.
Reflita a vida e a morte.

Se violinos tocam,
Os vivos, mortos evocam.
Se violinos rugem,
Os mortos, vivos se tornam.

Prove a vida,
Veja a morte,
Ouça a sirene,

Pois violinos tocam.

Cigarros

quarta-feira, abril 10

Teu cigarro apaga
Aquilo que teu peito afaga
Teu cigarro serve para
Alegar o afastar do beijar.

Teu cigarro ama
Teu cigarro manda
Teu cigarro clama
Teu cigarro te chama.

Teu cigarro vira pigarro
Teu cigarro vira afago
Teu cigarro vira teu amado.

Decantar

terça-feira, abril 9


Teu corpo era maciço
Teus olhos em feitiço
Tua alma era pura
E teu peito urra.

Tua dor. Cólera.
Teu amor. Primavera.
Teu sabor. Era.
Tua Fé. Fera.

Decanta anta.
Exalta-a.

Irrisório

Trágico, mágico, ácido.
Seu perfume, o betume, os prumos
Os frutos, a dor, o amor.

Enfim, o fim, assim.
Disse sim, ao fim.

No pulo mágico, teve fim trágico.
Pulou no ácido, e seu perfume putrefato
Sem frutos, com dor, sem amor.

Enfim, disse fim ao sim.