Emoções

sexta-feira, agosto 31

Deixei de acreditar quando me dissestes que era real.
Passei a viver, e só então aprendi a chorar
Dei de cara com a tristeza
Troquei sorrisos com a alegria
Abraços com a felicidade
E...
E beijos com o amor.

Dei voltas no ar, com a imaginação
Criei feitiços com a fala
Cativei pessoas com meus passos liderando-os
Amei pessoas, apenas com o olhar.

Olhei o futuro, e eis que ele se mostrou luz
Nada mais quis ver.

Deixa de lado.
Esquece.

Deixei de acreditar quando me dissestes que gostavas.
Passei a viver isso.

Não há sentido.

segunda-feira, agosto 20

Tudo esquecido
Tudo adormecido
Tudo indo por água abaixo

E lá estão as chamas
Não há calor maior
Nem chama maior

Lágrimas voam, sentimentos explodem
Não.
Não tem quem entenda.

Não entenda uma explosão
Muito menos quando ela é assim
Bipolar.

Acontece, apenas acontece.
E dela surgem outras
Outras que surgem.

Minha mente se torrando
Torrando todo o meu consciente
Torrando meu corpo enterrado

Por que?

Fim.

Ab imo corde
Ab imo pectore
Ab initio
Ab uno discant omnes
Bonus quilibet praesumitur

Castigo

domingo, agosto 12


É estranho definitivamente estranho.
Tudo se perde numa escuridão sem fim
Enfim, trago ar poluído aos pulmões
E o expulso ao expirar.
É, é tudo muito estranho.

Minha vida tem sentido?
Tem cor?
Tem amor?
Penso isso
Enquanto bebo

Trago o álcool aos meus rins
E castigo-os.

Arranjo uma briga
Quebro ossos
E castigo meu corpo.

Beijo e depois sou largado
Castigo meu coração.

Amo.
Castigo meu coração.

Te olho
E castigo meu coração.

Devaneios

sábado, agosto 4

Olhe para a Lua... Veja como ela brilha esta noite. Repare e pare, pense e repense... Todo o brilho da lua se dá pela união que ela fez com o Sol. Não fosse o brilho do outro o um não existia. Então veja, o Sol deixa a Lua brilhar, e a mesma Lua, aparece ao lado do Sol quando este brilha. Pois é assim, uma harmonia.

Ruina

As fortalezas se perderam. Os castelos ruíram.
Deixaram-na sem sua coroa,
Deixaram-na sem sua majestade.
Seu sistema falira.

Seria certo ou errado?
Aplicar-se-á um golpe em um Estado.
Logo seu sistema ruíra.

Ruínas, despidas, cuspidas
E profanadas.
Profanas também.

Olhai, olhai ó bravos
E escravos homens
Vejam, o golpe
Que dar-se-á em vosso Estado.

Sucumbiram, caíram, faliram.
Ruíram. 

Mas que sorte!

quarta-feira, agosto 1


Quebrado, sem dinheiro e com uma forte dor de cabeça.

- Graaaaande jeito de acabar a noite hein amigão!
Não enche – Retruquei, Marco era um cara legal, porém quando bebia tornava-se um chato de primeira linha.
- Qual é Matt! Sai dessa! Tá ai, mó cara de... (pigarreia) Enfim, vamos beber mais ou a garotinha tem hora pra ir pra casa?
Não enche! – Respondi com vigor desta vez.

Marco andava bebendo há dias e eu decidira o acompanhar para ver o quanto eu era capaz de aguentar, bobagens  de jovens, porém, ele era um “sem noção”. Nunca pararia de beber, enquanto tivesse dinheiro, e quanto mais bebia mais valente ficava.
De repente, vejo Marco caído no chão alguns metros atrás de mim, e dois caras parados na sua frente.
“Merda Marco!” – pensei.
Corri para ver o que acontecia, um dos homens puxou uma faca daquele estilo canivete, dobrável e prática. Pude ver poucos passos antes, minha reação foi dar um pulo e acertar um soco nele. Pois foi o que fiz, ao aterrissar levei um murro na cara que me apagou.

Acordei na Delegacia, estranho como tudo nessa porcaria de cidade acaba em uma delegacia.
- Expliquem-me, o que aconteceu exatamente?
- Bom, seu Delegado, foi simples eu tava aqui com meu amigão, o Matt [Eis que Marco ainda não se curou do pileque], e esses caras chegaram falando que era um assalto e eu reagi, ai o cara me deu um soco com um negócio de metal na mão.
- Bom, e você, o que diz?
Não sei de nada não, doutor – Limitei-me a responder isso, quaisquer palavras erradas que eu pronunciasse iriam me levar pra cana.
- Tá certo, tá certo... Vou precisar de um apoio pra poder liberar vocês, rapazes... Sabem que essa história ai é da muito mal contada e não há nada que não me detenha de deter vocês... HA HA HA!
Excelente trocadilho doutor, Marco, dá um dinheiro pro delegado pau no... (pigarreia) e vamo embora logo – ordenei, com voz vivaz, tênue e calma. Marco esvaziou-me os bolsos e esvaziou os bolsos dele, demos quinhentos reais pro delegado, que nos foi muito boa praça e cedeu uma escolta.
Escolta esta que nos deixou em frente a um estádio de futebol, logo após pararmos em uma rua deserta e apanharmos, apanharmos feito ladrões dos policiais.

Eis que estou quebrado, sem dinheiro e com uma forte dor de cabeça.