Sentimentos

terça-feira, fevereiro 17

Sua batalha diária
Não era contra inimigo
Sua batalha diária
Era contra si mesmo.

O ímpeto era intenso
Incessante, aquela era a palavra.
Os pensamentos não ali estavam
Ficavam junto da partida.

Ia contra sua fé
Havia fé?

Sua luta pairava sobre si
Sua luta o confundia.

Não havia naquela batalha
Ponto seguro.

Não havia ali
Cessar-fogo.

O campo de batalha era,
Naquela hora
Sua força de vontade

Para continuar a viver.

Entreato

sábado, fevereiro 14

Em alto
Em algo
Em mato
Entreato

Cortinas abrem-se
Corpos esvaem-se
Mentes caem
Mentiras saem.

Corações abrem.
Sentimentos ardem
Alguém bate.
Alguém diz mate.

Poesia em cia.
Lisérgica, enérgica.
Poeta por si só
Só por si, poeta.

Fato, fado.
Ato, falho.

Corpos altos.
Mentes falhas.
Corações parados.

Fim do entreato.

Impacto

Há no olhar, um brilho.
Brilho mágico, afago.
Há no brilho, algo mágico.
Fato.

O olhar guia.
A alma grita.
Algo muda.
O álcool queima.

O pulso desacelera.
O conforto vem.
Os pulmões dilatam.

Até o olhar.

O olhar de impacto.
O impacto do olhar.
Um projétil esfacelando-se
Contra o peito.

Impacto não é o suficiente
Aniquilador muito menos

Aquele olhar inexplicável
Brilha em torno do luar
O conforto vem.
A bala se extraí

O impacto fica.
A alma esvai.

Solidão.

domingo, janeiro 4

Sinto um vazio. Sinto um calor.
Sinto aquele leve ardor
Acompanhante da dor

Sinto aquela leve sensação de estar só
Sinto como se estivesse em "estol"

Onde está meu corpo? Onde está meu coração?
Sinto-me deixado de lado.
Sinto-me enganado.


Quando o amor volta? Quando o ardor vai embora?
Qual o preço da solidão? Qual a fonte do amor?

Sinto ainda um abraço. Sinto ainda o teu afago
Não sinto o teu amasso.


Queria ainda estar nos braços de um amor.
Ter um calor.


Ora, a solidão não é o pior.
O pior deve ser sentir-se só.