Certezas.

sábado, junho 16

É certo
É certo como eu vejo em ti um porto seguro
um porto seguro que me dá muito mais que segurança, me dá paz
E isso, isso é lindo.

Nenhum Caio F. Abreu poderia te descrever
Descrever como tu pensas ou como ages
Tu és única e bela, na sua simplicidade
Tu és motivo de alegria

Mas às vezes és motivo de tristeza

Tristeza porque não me entende
Tristeza porque não me dá valor
Tristeza porque não me escutas
Tristeza porque não me deixas nada fazer
Tristeza porque não sou mais o motivo do seu sorriso

Nada, mas nada disso me importa agora
Terei seu sorriso de volta
Terei sua preocupação

Lhe reconquistarei, a cada dia.

Intervenção - I

Bom, normalmente eu não escrevo textos me referindo direto ao leitor, mas este, será direto e reto. Parecido com uma entrada de diário, mas, serve para que compartilhe com você, que está lendo um texto lindo, que tive a oportunidade de ler num momento de reflexão. Ai segue:

‎"Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."

"Autor desconhecido"

Texto da oração da terça-feira, dia 12/06/12, Colégio São Luís.

Perspectivas - Texto Um.

sexta-feira, junho 8

São cinco e cinquenta e cinco no meu relógio de pulso, o da parede à minha esquerda marca seis e cinco. Todo santo dia, começo desse jeito, fazendo minha ronda pelo corredor do décimo segundo andar da Ashylym Medicine.

Distraído com pensamentos sobre minha vida, e quantos anos mais terei que trabalhar neste emprego patético pra conseguir comprar um carro do ano, viro à direita no corredor D entrando no corredor B.

 - Você ai! Parado! Coloque suas mãos onde eu possa vê-las.

- Certo. Certo. Estou me virando para você, não atire.

Um homem, alto, por volta de um metro e oitenta centímetros de altura, uns noventa quilos, usando jalecos brancos, uma calça marrom – capri – e sapatos de mesma cor.

- Muito bem. Sua identificação, por favor.

Digo isso me aproximando do sujeito em questão – com minha arma apontada para ele – e ele me entrega um crachá da Ashylym.

- Doutor Murdok, hm... Terceira vez essa semana hein Doutor?

- Sim Anthony sabe bem que eu fico até mais tarde, ou, se preferir, chego mais cedo ao laboratório.

O doutor parece um tanto quanto estressado, diferente até. Ele dá uma leve sacudida de cabeça – comprimento típico entre homens – dá meio giro em seu próprio eixo sobre os saltos do sapato social que usa e coloca sua mão direita na maçaneta de alumínio da porta de saída de emergência que estava a sua esquerda.

- Doutor. Sinto muito, mas terá que me acompanhar.

 - Tudo Bem, Anthony, mas que seja rápido.

Estou terminando meu giro de 180° para ir ao hall de elevadores do andar, e com minha arma no coldre, quando sinto um forte calafrio na espinha e algo me dizendo que devo ter cuidado.

Viro-me imediatamente para o doutor. Empunho minha arma fora do coldre com a minha mão esquerda.

- Doutor... Esqueci-me de algo, suas mãos, por favor.

Algemei-o, temendo por algo pior. Entramos no elevador, apertei o botão T, para irmos ao Térreo, onde o doutor poderia registrar sua entrada e sua autorização de uso seria confirmada pelo chefe da segurança.

Um blackout, o elevador para e abre suas portas no quinto andar... O doutor se aproveita e me empurra com um golpe usando seu tronco, e sai correndo do elevador, virando no corredor F.  Eu o sigo, com cautela, até ouvir passos vindos do corredor E. Tenho cerca de 30 segundos até que se aproxime, seja lá quem for o autor dos passos.

- Anthony, rápido, preciso de ajuda! Tem um cara baleado no corredor F, e eu vi três sombras no corredor B indo em direção as escadas de emergência!

E lá vamos nós.

História de Amor - X - O Fim.

domingo, junho 3


Cinco horas da manhã, há três dias não durmo. Minha busca por Blair parece não levar a lugar nenhum...

Recebi uma promoção no departamento devido ao sumiço de Demian, passei para o posto de que ele usufruía: Diretor de Planejamento de Operações Especiais, ou Delegado de Operações Especiais; posto conseguido por Demian com louvor, após acabar com um cartel de drogas que atuava na fronteira Paraguai-Brasil. Enfim, toda uma história muito longa para o momento.

Com o cargo novo, coloquei uma parte do Departamento atrás do Demian e de Blair. Montei diligências especiais em todas as fronteiras, seria impossível para eles saírem do Brasil agora e, enquanto isso, faço minhas diligências pessoais dia e noite por São Paulo.
Cinco horas da manhã e há três dias não durmo. Estou sentado numa cadeira defronte a um balcão de bar, minha viatura está parada a 95 graus em frente à porta. O bartender está um pouco assustado. Deve ser porque nunca viu um policial entrar num bar e pedir uma dose de vodca.

Ouço algumas viaturas se aproximando com suas sirenes e alertas sonoros ligados. Duas viaturas param na porta e seis homens desembarcam delas. Logo após adentram no bar gritando: “Doutor Wolf, o COT acabou de nos informar que acharam um possível esconderijo do Dr. Demian e da Dra. Blair.” Dei um salto do local onde estava, deixei minha cerveja em cima do balcão junto com uma nota de cinquenta reais. O COT, Comando de Operações Táticas, está vinculado à minha diretoria de planejamento operacional, logo, eles são a elite da DPF, e não me decepcionariam em achar Demian e Blair.

Demian havia levado Blair para o prédio da Gazeta, na Avenida Paulista. O que me fez tremer, pois uma operação aqui poderia ter mais baixas civis do que queríamos. Ele sabia que eu evitaria um confronto ali, pois já havia hesitado num treinamento que envolvia situação semelhante, o que me levou a ser rejeitado pelo COT.

Selecionei cinco agentes para formar uma equipe e me acompanhar na incursão ao prédio. Havia 24 viaturas e 96 agentes. Demian sequestrara Blair, o que deixou muitos do Departamento raivosos e dispostos a ajudar. Iríamos preparados para tudo nessa incursão. Usamos os mesmos coletes balísticos que o Exército usa, capazes de aguentar tiros até de um rifle de precisão calibre .50. Nosso armamento padrão foi substituído por fuzis de assalto, rifles e escopetas. Dois agentes usavam o fuzil de assalto AK-47; um estava com um rifle de precisão Barret M107; e eu e um agente usando fuzis de assalto M4-A1. Por fim, todos tinham uma arma secundária Glock 9mm ou uma Taurus PT 9mm, mas ainda não sabíamos o que Demian tinha, consequentemente, todos estavam com um pouco de medo.

Começamos a incursão ao prédio. Fui o “ponteiro” da equipe, o primeiro da fila. O prédio havia sido previamente evacuado, havia apenas um andar lacrado, pois era no quais estavam Blair, Demian e mais alguns civis.  Dos 14 andares, eles estavam no 11°, número de sorte de Demian - e do meu azar.
Um agente subiu de elevador e o restante da equipe me acompanhou pelas escadas. Ao entrarmos pelas escadarias e chegarmos no 6° andar, ouvimos uma explosão e, por fim, o estrondo do elevador que se espatifara no chão.  Subimos com o dobro da cautela. Ao chegarmos por fim no andar onde estava a situação crítica, fomos recebidos por rajadas de uma escopeta SPAS 12. Separamo-nos. Dois agentes entraram para a esquerda no corredor e abateram o atirador, que não era Demian, para minha surpresa - o que significava que ele contava com ajuda. Os outros dois agentes foram para o lado direito do corredor e eu segui reto, para atravessar o corredor pelas salas que se interligavam.

Ao invadir a primeira sala, pude ouvir uma intensa troca de tiros. Logo após, o rádio ficou mudo e pude ouvir Demian: “Prepare-se, Wolf. Logo tudo o que desejas será seu”. Um forte calafrio percorreu minha espinha, e pude sentir como se Demian estivesse com a mira de sua arma em minha testa. Continuei a atravessar as baías dos escritórios e Demian me derrubou com uma rasteira.

Não dando tempo para que eu pudesse reagir, Demian colocou a mira de sua pistola automática Desert Eagle em direção à minha cabeça. Dei um chute na boca do estômago de Demian enquanto eu levantava, sua reação fora dar dois disparos. Pulei para trás de uma coluna de concreto e saquei minha Glock. Disparei três vezes na direção de Demian e ele pulou para trás de um dos cubículos do escritório.

Um estrondo. Caí no chão com a vista turva. Virei-me de forma com que as minhas costas ficassem para baixo e eu pudesse enxergar o teto, duas sombras apareceram perante minha vista: Demian e Blair. Blair com uma escopeta SPAS 12 nas mãos. “Diga Adeus, Wolf”.

Tudo escureceu.



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Este  é o fim da saga, agradeço à todos que leram, comentaram e curtiram. Em breve começarei uma nova saga, então, continuem visitando o blog para ler mais. Abraços do autor, Matheus Duarte.



Créditos:
Texto revisado por Izaias Viana Marinho e Alison Paias.
Demian é um personagem de Kleberson Carvalho, tendo ele cedido os direitos de uso para estes textos. Contato do mesmo: Kleberson Carvalho