Quebrado,
sem dinheiro e com uma forte dor de cabeça.
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Graaaaande jeito de acabar a noite hein amigão!
Não
enche – Retruquei, Marco era um cara legal, porém quando bebia tornava-se um
chato de primeira linha.
-
Qual é Matt! Sai dessa! Tá ai, mó cara de... (pigarreia) Enfim, vamos beber
mais ou a garotinha tem hora pra ir pra casa?
Não
enche! – Respondi com vigor desta vez.
Marco
andava bebendo há dias e eu decidira o acompanhar para ver o quanto eu era
capaz de aguentar, bobagens de jovens,
porém, ele era um “sem noção”. Nunca pararia de beber, enquanto tivesse
dinheiro, e quanto mais bebia mais valente ficava.
De
repente, vejo Marco caído no chão alguns metros atrás de mim, e dois caras
parados na sua frente.
“Merda
Marco!” – pensei.
Corri
para ver o que acontecia, um dos homens puxou uma faca daquele estilo canivete,
dobrável e prática. Pude ver poucos passos antes, minha reação foi dar um pulo
e acertar um soco nele. Pois foi o que fiz, ao aterrissar levei um murro na
cara que me apagou.
Acordei
na Delegacia, estranho como tudo nessa porcaria de cidade acaba em uma
delegacia.
-
Expliquem-me, o que aconteceu exatamente?
-
Bom, seu Delegado, foi simples eu tava aqui com meu amigão, o Matt [Eis que
Marco ainda não se curou do pileque], e esses caras chegaram falando que era um
assalto e eu reagi, ai o cara me deu um soco com um negócio de metal na mão.
-
Bom, e você, o que diz?
Não
sei de nada não, doutor – Limitei-me a responder isso, quaisquer palavras
erradas que eu pronunciasse iriam me levar pra cana.
-
Tá certo, tá certo... Vou precisar de um apoio pra poder liberar vocês,
rapazes... Sabem que essa história ai é da muito mal contada e não há nada que
não me detenha de deter vocês... HA HA HA!
Excelente
trocadilho doutor, Marco, dá um dinheiro pro delegado pau no... (pigarreia) e
vamo embora logo – ordenei, com voz vivaz, tênue e calma. Marco esvaziou-me os
bolsos e esvaziou os bolsos dele, demos quinhentos reais pro delegado, que nos
foi muito boa praça e cedeu uma escolta.
Escolta
esta que nos deixou em frente a um estádio de futebol, logo após pararmos em
uma rua deserta e apanharmos, apanharmos feito ladrões dos policiais.
Eis
que estou quebrado, sem dinheiro e com uma forte dor de cabeça.