Temor...

domingo, julho 17

Quatro horas se passaram, eu fiquei ali sentado
Pensando em quais seriam as consequências de meus atos
Me atento ao fato de que é você que está na cama do hospital
É você que está sofrendo...

Saber que você pode morrer em alguns segundos
"Ora Matheus, porque está aqui? Entre Lá!"
Meus pensamentos me falam a coisa certa a fazer
Mas quero não fazer isso, quero ficar aqui no meu porto seguro

Qual seria a sua reação se fosse eu em seu lugar?
O que faria se eu estivesse prestes a partir?
Nada, como sempre, nada...

Sempre fui aquilo que você deixou em segundo plano,
mesmo eu sendo a sua paixão
Sempre fui aquilo que não importou para ninguém...

Memória

Não, não há dor maior que esta
Sinto como se me tirassem um pedaço do corpo
Sem anestesia e sem cordialidades...

Te ver partir, foi o maior ato de permissividade
E até mesmo de covardia que tive
Você me deixou por pequenos momentos, infiéis sentimentos

Preferiu ficar atordoada pelo cheiro de um qualquer
Do que retornar para o que era nosso lar até então,
Digo uma coisa sincera, pode ir.

Tudo bem partir, não lutarei contra sua decisão
Relembrarei os momentos que tivemos como apenas memórias
Você agora é apenas vaga memória
Memória, que posso muito bem apagar.